terça-feira, 15 de junho de 2021
Feliz Dia dos Namorados (Atrasado)
A Revolução Russa
Já falei da CEI e da Primeira Guerra Mundial. Mas o que aconteceu depois da primeira guerra? É isso o que discutirei. Hoje falarei da Revolução Russa. Bora lá!!
No final do século XIX, o Império Russo era o maior país do mundo e abrigava uma população de cerca de 160 milhões de habitantes, composta de dezenas de povos com línguas e costumes próprios. Seu regime político era a Monarquia absolutista e todo o poder se concentrava nas mãos do czar, que por sua vez nomeava e demitia ministros conforme sua vontade, censurava jornais e revistas e decidia em nome da Nação. O czar e sua família, a nobreza e o clero ortodoxo possuíam enormes privilégios e eram donos da maior parte das terras russas.
A maioria da população do império vivia no campo. Parte era formada por arrendatários; a maioria era explorada por seus senhores, pagava ao governo altos impostos pelo uso da terra e, por isso, vivia pobremente. Por isso, ocorreram várias rebeliões camponesas. Uma das respostas dos camponeses à pobreza e à opressão czarista foi migrar do campo para as cidades. Entre 1863 e 1914, a população urbana da Rússia mais que triplicou: passou de 6 milhões para 18,3 milhões. Nas cidades, esses trabalhadores buscavam emprego nas indústrias.
O ambiente de grande revolta e pobreza e as traduções das obras de Marx para o russo facilitaram a penetração do socialismo no país. Com base nelas, intelectuais e operários russos organizaram vários grupos políticos de tendência socialista, que em 1898 se juntaram para formar o Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR). Esse partido foi duramente perseguido, sendo logo desmantelado pela polícia do czar, que prendeu vários de seus membros. Porém, seus principais líderes, Vladimir Ulianov, conhecido com O Lênin, e Lev Bronstein, conhecido como O Trosky, deixaram a Rússia e voltaram a se organizar no exterior.
Indiferente à situação de penúria de seu povo, o governo da Rússia se envolvia em disputas imperialistas. Em 1904, entrou em guerra com o Japão pelo controle da Manchúria. Em um domingo de 1905, operários em greve e suas famílias caminharam desarmados pelas ruas de São Petersburgo cobertas de neve em direção ao Palácio de Inverno, sede do governo czarista, com um abaixo-assinado para ser entregue ao czar.
O documento não chegou a ser entregue ao czar, pois ele mandou que seus soldados atirassem contra a multidão à queima-roupa. Muitos manifestantes foram mortos e milhares deles ficaram feridos. O episódio ficou conhecido como Domingo Sangrento.
Depois da Rússia ter quitado da guerra, ela passou por um sufoco econômico absurdo. O povo culpava o czar Nicolau II pelas sucessivas derrotas e pela permanência da Rússia na Primeira Guerra. Uma onda de protestos com saques a armazéns e lojas se alastrou pelo país. Em 23 de fevereiro de 1917 no calendário juliano, tecelãs e operários de São Petersburgo marcharam em direção ao prédio do governo. Muitos soldados do exército czarista também se juntaram aos rebeldes. E, unidos a eles, invadiram o Palácio de Inverno, derrubaram o imperador e proclamaram a República. Formou-se então um governo provisório.
O governo provisório procurou diminuir a insatisfação popular libertando os presos políticos, concedendo liberdade de imprensa e permitindo a volta dos exilados. Mas contrariou os anseios do povo ao declarar que a Rússia continuaria na guerra. O líder bolchevique Vladimir Lênin, que estava exilado, voltou pra Rússia em abril de 1917 e, criou uma estratégia para derrubar o governo e repartir as terras para os camponeses. Ele prometia "Paz, terra e pão" e "Todo poder aos sovietes". No dia 24 de outubro de 1917, o cara reuniu todos e, ao lado de Trosky, Lênin deu início à Revolução, onde o cara e seu exército invadiram o Palácio de Inverno, removeram do trono o presidente do governo provisório e, no dia seguinte, o poder estava à mercê na palma da mão. Assim, ele levantou pela primeira vez a bandeira do Comunismo.
O governo de Lênin adotou várias medidas de grande repercussão social:
- propôs a paz aos alemães: em 3 de março de 1918, a Rússia saía da guerra, assinando com a Alemanha o Tratado de Brest-Litovsk;
- Confiscou as terras da família real, dos nobres e da Igreja Ortodoxa e distribuiu-as entre os camponeses;
- estatizou a economia: indústrias, bancos e estradas de ferro passaram a ser dirigidos pelo governo russo;
- estabeleceu a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
b) confiscou a produção agrícola dos camponeses para manter o esforço de guerra;
c) criou tribunais que condenavam sem julgamento todos aqueles que eram considerados inimigos da Revolução; na ocasião, o czar e sua família foram condenados e mortos.
Diante dessa situação de penúria, o governo de Lênin adotou medidas capitalistas ao lado das socialistas. Essa "Nova Política Econômica", conhecida como NEP:
b) permitiu aos camponeses vender o excedente de suas colheitas no mercado interno;
c) liberou a entrada de capitais estrangeiros na Rússia sob a forma de empréstimos e investimentos.
quarta-feira, 9 de junho de 2021
A Primeira Guerra Mundial
Hoje vou falar da Primeira Guerra Mundial(1914-1918). Bora lá!!
A corrida imperialista por territórios e mercados durante todo o século XIX gerou violentas rivalidades entra as potências europeias, pois cada país, como a Grã-Bretanha, a Alemanha e a França, buscava conservar ou ampliar seu império colonial. Essas rivalidades entre os países imperialistas são uma das principais razões da Primeira Grande Guerra, um conflito mundial e total.
Com o objetivo de unir forças e isolar rivais, as nações europeias fizeram vários acordos e alianças entre si, de tal modo que, em 1907, a Europa estava dividida em dois blocos militares antagônicos: a Tríplice Aliança - Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro - e Tríplice Entente - Grã-Bretanha, França e Rússia.
Desde a vitória dos alemães contra os franceses, em 1871, até o início da guerra, em 1914, a Europa conheceu um período de paz. Mas de uma "paz armada". As potências europeias lançaram-se numa corrida armamentista.
Como as principais potências estavam unidas por compromissos de ajuda mútua em caso de um conflito um simples incidente poderia ser a gota d'água e gerar uma guerra de graves proporções O incidente aconteceu em 28 de junho de 1914: o estudante Gavrilo Princip matou a tiros de revólver o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do do trono austro-húngaro. Por conta disso, foi dado início à Grande Guerra, chamada depois de Primeira Guerra Mundial.
Em 1915 a Itália rompeu com a Alemanha e se juntou à Tríplice Entente. No início de 1917, a Alemanha decidiu adotar a guerra submarina, passando a bombardear qualquer navio encontrado em águas inimigas. O afundamento do navio estadunidense Lusitânia, pelos alemães, foi um dos motivos da entrada dos Estados Unidos na guerra, naquele mesmo ano. Seguindo os Estados Unidos, outros países americanos, inclusive o Brasil, engajaram-se no conflito ao lado da Tríplice Entente.
Próximo do fim da guerra, o então presidente estadunidense Woodrow Wilson propôs um acordo que defendia "uma paz sem vencedores" e o direito de cada povo escolher seu próprio destino. Mas não foi aprovado. O que acabou vigorando foi a paz impostas pelos vencedores por meio de vários tratados, entre os quais o Tratado de Versalhes, que obrigava a Alemanha a:
a) devolver a região da Alsácia-Lorena para a França;
b) ceder aos vencedores todos os seus direitos sobre as colônias ultramarinas;
c) entregar à França a propriedade absoluta com direito total de exploração das minas de carvão situadas na bacia do Rio Sarre;
d) pagar a seus adversários uma indenização de guerra bilionária: cerca de 33 bilhões de dólares!
Ainda, a Alemanha foi proibida de ter aviação militar, canhões pesados e submarinos e teve de entregar aos vencedores parte de seus navios mercantes; seu exército só poderia ter no máximo 100 mil homens.
CEI - História e Algumas Características
Papo sério. Hoje vou falar da Comunidade dos Estados Independentes (CEI). Bora lá!!
A CEI foi criada em 8 de dezembro de 1991 e representa uma organização intergovernamental formada por 12 países da antiga União Soviética (URSS). Com aproximadamente 275 milhões de habitantes, o PIB da CEI é de 587,8 bilhões de dólares (seria o equivalente a 29.613.951.800.000.000,00 reais).
A CEI é formada primeiramente por 3 países: Rússia, Ucrânia e Bielorrússia. Mais tarde, outros países como Armênia, Belarus, Cazaquistão, etc., aderiram a comunidade. Os países bálticos (Lituânia, Estônia e Letônia) ficaram de fora da comunidade, pois queriam se separarem da Rússia, o país mais forte, de maior influência, e de maior desenvolvimento da comunidade.
Em 1991, a União Soviética, devido ao fato de não terem mais condições de acompanhar os avanços tecnológicos ocidentais e manter um nível de qualidade para a população, terminou. Diante disso, surge a necessidade de integrar os países dominados pela Rússia Socialista através do Pacto de Varsóvia, além de apresentar novas perspectivas nos campos social, político e econômico.
Embora seja muitas vezes confundida com um bloco econômico, a CEI não envolve políticas comerciais, característica essencial para a formação de um bloco. No entanto, os países membros compartilham alguns acordos políticos e econômicos, entretanto, cada um possui sua independência.
Uma característica muito importante da CEI é que sua criação visava sobretudo decentralizar o poder, que antes estava concentrado pela URSS. Embora a ideia fosse promover a paz e fomentar as relações comerciais, políticos e culturais entre os países membros, muitos conflitos de caráter étnicos, sociais e regionais surgiram entre os envolvidos.
A Geórgia entrou na comunidade em 1993, porém após a Guerra da Ossétia do Sul, chamada também de Guerra Russo-Georgiana, entre a Rússia e a Geórgia em 2008, o país se retirou da comunidade.